O tema é o narcisismo quotidiano, a representação do eu nas redes sociais. Todos queremos que gostem de nós e que nos apreciem. Não se trata de uma crítica à sociedade, é apenas uma observação.
Esta inspiração nas redes sociais vem do facto de ser incessante - usamos as redes sociais para tudo, a toda a hora. Penso que o desejo de se exibir vem de uma falta de auto-confiança. Toda a gente quer ser mais bonita, mais interessante para ser mais apreciada, mas isso acaba por conduzir a uma falsa relação mantida pelos gostos. Mas não estou a tentar denunciar o comportamento social, toda a gente o faz.
Fiz uma série de trabalhos inspirados no Japão. Culturalmente, os japoneses são difíceis de abordar, por isso também gosto de explorar a falta de relações, a forma como se pode abordar os outros e estabelecer uma ligação. O meu objetivo é captar as relações humanas.